27 de novembro de 2009
Pintura íntima II
Bebi do seu vinho tinta
E pintei meu coração com seu corante
Entreguei-me a sua boca faminta
Fotografei nosso melhor instante
Fui tela branca pro seu pincel
Deslizando sobre mim como se eu fosse um papel
Apaguei-me do jeito antigo
Pra me desenhar de um jeito novo contigo
Joguei fora todo o solvente do seu ateliê
Rasguei as telas do seu estoque
Pra que ninguém me apague de você
Pra que você nunca me troque
Pendurei meu quadro em seu pescoço
Nossa foto em seu mural
Faça do meu corpo o seu esboço
Da minha pele, seu avental.
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27 comentários:
Que coisa bonita... É tua?
e dezessete anos?
...Ah, menina, nem sabe quanto perigo corre
como faço para te seguir?
"E pintei meu coração com seu corante."
Natália do Céu.
Eu queria ter a doçura assim dos teus poemas. Me são tão envolventes, como se eu estivesse lendo minha própria vida, meu desejo.
Você é o "cara".
Hahaha.
Eu pensei em só comentar "Casa comigo?", mas depois pensei que teu namorado ia ficar com ciúme! Então resolvi fazer uma mea culpa. O pedido é porque o poema está muito a minha cara. Adorei!
Nossa, cara.
Arrepiei-me!
Você arrasa, muito.
Um beijo pra ti, poetisa.
Nat, nunca esperava uma segunda versão melhor que a primeira. Parabéns.
Ando apenas me delineando por aí, tintas por enquanto em telas, quem sabe num futuro não próximo.
=*
Andei fazendo um "tour" pelo seu blog e posso dizer que esta é sua melhor poesia até agora. Muito legal mesmo! Me fez relembrar minha eterna frustração por minha completa incapacidade de escrever em versos.
Ai Nat, tá ficando cada dia melhor hein?
Lindo, lindo, lindo!
só deixo meus parabéns por esta bela pintura em versos. metricamente bem desenhada
"Faça do meu corpo o seu esboço
Da minha pele, seu avental."
=D, um convite sedutor, hein! Uma perfeição esse poema!
bju.
Charlie B.
faço sim. sim, senhora!
acho que não vou mais ler teus poemas sem antes purificar minha mente. auduahduahduhaudhuahduhdhua
brincadeiras a parte, é lindo! parabéns ;)
pensei em perguntar qual o tipo de tinta, mas nada disso importa, quando o desfecho é perfeito. como foi, com tuas palavras, e como deve ter sido, enquanto pintado.
lindo. e intenso, creio.
ah, é normal. e olha, você não tá sozinha, ok? iahdihadiuhiouahdiuhaiudhiuahdhahdiahoihaiu
Texto bacana...
Hei menina, somos contemporâneos nessa vida!
Seu poema é belíssimo,por isso,acabei duvidando da sua pouca idade.
Instalei esse programinha de xadrez achando que ia ganhar fácil, mas encontrei sérias dificuldades.
Ele bate brincando meu antigo oponente, o Jester.
Vamos jogar sim, tudo o que mais quero é parceria!
Ficar por aqui meu comentário, por que são duas da manhã e é difícil catar as letras nesse breu.
Mas irei voltar!
Um beijo
Muito bom mesmo. Não há poema que valha a pena se não tiver metáforas a transbordar, na minha opinião, e esse seu estilo é mais perigoso pra mim que cocaína em clínica de desintoxicação.
Vou voltar, pode ter certeza.
abraços
da minha pele, seu A-V-E-N-T-A-L!
você roubou meu comentário e se me permite, hoje, vou só olhar.
Brinca com as palavras como os Deuses brincam com a vida: Despreocupadamente e precisamente.
Bom, isso é bom!
Uacht,
Lacobos
http://dadonanet.blogspot.com/
Ousadia romântica!
Até a ilustração foi bem escolhida, quiçá as palavras...
Ousadia romântica!
Até a ilustração foi bem escolhida, quiçá as palavras...
Natália, já até estou ficando repetitiva: lindo demais!!!
Até escrevendo você consegue ser perturbadoramente sexy. Ai, o que será de mim?
Você é poesia.
Meu avental.
(de avental?)
*¬*
HAHAHAHA,
Fiquei com inveja do seu comentário la no Desmanche. Quando terminei de ler pensei: Faltou o post zoar com as celebridades dessa forma, como vc fez ao falar da Angélica e do óleo Paixão. Como A Xuxa que a anos faz propaganda pro hidratante Monange. Isso revela a distorção e a hipocrisia de forma bem humorada, foi muito bem colocado. E não, elas não usam essas coisas né? Minha mãe sim usa e não deixou de ir criando rugas com a idade.
Abraços.
quanta qualidade, parceira.
esses últimos versos até me deixaram inspirado. :)
beijos.
Tinta e fluidos se confundem em uma obra de arteiros.
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