Sabe aquelas cenas de filme, quando um casal passa a noite junto, a campainha toca e o homem desce para atender vestindo só uma cueca samba canção? (geralmente com alguma estampa bem boba) A mulher, curiosa, não consegue ficar esperando e vai atrás dele, mas como demoraria muito para vestir sua própria roupa, pega uma camisa dele e desce rapidamente. É claro que a verdadeira intenção dela é espantar qualquer “ex-mulher” que tente marcar território, porque ela sabe que roupas muito folgadas a deixam extremamente sexy e dão uma vontade danada de arrancar. Quando ela chega ao andar de baixo (se não tiver escadas não tem graça), ele já fechou a porta – era o carteiro, ou um vizinho pedindo açúcar, ou algum vendedor de biscoitos. Ela pergunta “quem era?” com um olhar de donzela em perigo, mas ele não responde, porque está muito ocupado, devorando-a com olhos de fome.
Bom, talvez eu tenha inventado essa cena. Mas eu sempre lembro dela como se já tivesse visto, e sempre me dá um arrepio no pé do cabelo. Eu sei que não ficaria “extremamente sexy” com uma camisa folgada e amarrotada, mas ainda acho que seria uma situação bastante provocante, só pelo fato da camisa ser dele. Aquele cheiro de homem roçando na pele... Aquele cheiro, que mesmo depois de uma centena de banhos não sai, porque está ali sem estar ali, está na cabeça, tatuado no olfato, assim como o gosto de um beijo pode ficar na boca durante dias.
De qualquer forma, eu costumava vestir uma camisa do meu irmão e ficar fazendo caras e bocas na frente do espelho. Eu ensaiava aquele olhar de donzela em perigo e o soluço surpreso, de quando o dono da camisa me tomasse nos braços e me girasse, jogando-me no sofá. Aos mais ousados, isso vai parecer meio precoce – considerando que eu não tinha mais de 14 anos quando fazia isso –, mas essa não era uma cena de filme erótico. Era uma cena de comédia romântica com censura de 12 anos, onde o telefone sempre toca nos momentos mais quentes, ou a mãe de um dos personagens aparece. A magia não está na consumação do sexo, está no desejo mútuo que fica flutuando entre os protagonistas... Aquele desejo quase palpável de tão denso.
Depois que eu cresci eu parei de alimentar essas fantasias. Eu passei a vestir as camisas do meu irmão como camisola, e já não imaginava loucuras quando me olhava no espelho. Isso até eu vê-lo com aquela camisa xadrez. A camisa xadrez que eu conhecia sem jamais ter visto, a camisa xadrez que você desejava ver em uma linda mulher. Naquele momento eu quis ser a sua linda mulher. E agora fico eu, com dezenove anos, fazendo caras e bocas na frente do espelho, ensaiando um olhar de donzela em perigo, para que você me devore com olhos de fome, e me ame.
Bom, talvez eu tenha inventado essa cena. Mas eu sempre lembro dela como se já tivesse visto, e sempre me dá um arrepio no pé do cabelo. Eu sei que não ficaria “extremamente sexy” com uma camisa folgada e amarrotada, mas ainda acho que seria uma situação bastante provocante, só pelo fato da camisa ser dele. Aquele cheiro de homem roçando na pele... Aquele cheiro, que mesmo depois de uma centena de banhos não sai, porque está ali sem estar ali, está na cabeça, tatuado no olfato, assim como o gosto de um beijo pode ficar na boca durante dias.
De qualquer forma, eu costumava vestir uma camisa do meu irmão e ficar fazendo caras e bocas na frente do espelho. Eu ensaiava aquele olhar de donzela em perigo e o soluço surpreso, de quando o dono da camisa me tomasse nos braços e me girasse, jogando-me no sofá. Aos mais ousados, isso vai parecer meio precoce – considerando que eu não tinha mais de 14 anos quando fazia isso –, mas essa não era uma cena de filme erótico. Era uma cena de comédia romântica com censura de 12 anos, onde o telefone sempre toca nos momentos mais quentes, ou a mãe de um dos personagens aparece. A magia não está na consumação do sexo, está no desejo mútuo que fica flutuando entre os protagonistas... Aquele desejo quase palpável de tão denso.
Depois que eu cresci eu parei de alimentar essas fantasias. Eu passei a vestir as camisas do meu irmão como camisola, e já não imaginava loucuras quando me olhava no espelho. Isso até eu vê-lo com aquela camisa xadrez. A camisa xadrez que eu conhecia sem jamais ter visto, a camisa xadrez que você desejava ver em uma linda mulher. Naquele momento eu quis ser a sua linda mulher. E agora fico eu, com dezenove anos, fazendo caras e bocas na frente do espelho, ensaiando um olhar de donzela em perigo, para que você me devore com olhos de fome, e me ame.
Resposta a um antigo post do meu amado (de quando ele não era meu): para ler, clique aqui.
35 comentários:
Eu imaginei a cena da mulher descendo as escadas vestindo só a camisa amarrotada, verdade, tem que haver escadas. FATO. Você fazendo olhar de donzela no espelho, imaginando aqui. (uahau adoro), camisa xadrez fazendo efeito, hein?
Charlie B.
Ps. Senti sua falta há dois post's atrás! eheh
Acho incrível como a gente escreve um post e fica pensando no que os outros vão postar, será que vão se identificar?
Sério que roubei suas palavras no post do V for Vendetta? Nossa, vou anotar para a posterioridade, isso é único! o/
Ah sim, aquele era um sonho desses, um sonho lindo e lindo, que vc até sente que o beijo era verdade! Nossa, no meio do sonho eu soube que era sonho, tentei não acordar, mas minha mãe berrando na cozinha torna tudo um pesadelo eheh
bju, ah, sinto sua falta sim! =D
Charlie B.
é uma fantasia de muita garota, minha já foi. e ainda é. ainda adoro essa cena, e essa situação.
adorei teu blog moça, é lindo, em tudo.
beijo-beijo.
T.T uahua, vamos matraquetear (esse verbo existe?) pelos comentários..xD, ah sim, mães sádicas essas, não é?
Modesta até a alma essa srtª Corrêa, e eu adoro uma fofoquinha hehe. vem cá, pode falar, sente aqui nesse puff e me conta tudo! Quem é o carinha da Camisa Xadrez? uahahahha
Charlie B.
todo filme ou clip que envolva essa situação tem uma cena dessa. e um gênio que soube fazer com que ela se manifestasse nos desejos femininos.
O CARINHA DA CAMISA XADREZ SOU EU.
"assim como o gosto de um beijo pode ficar na boca durante dias."
sinto gosto de mel...
ah, amor... já sei que roupa usar no nosso próximo encontro.
e agora esse é o meu post preferido xD
Rá, estava escrito nas estrelas..hehe (tem uma música assim, né? 'nosso amor estava escrito nas estrelaass, tava sim! - o nosso, não, o seu e o dele uahau). Messenger, ah tenho sim,
eid_luigi@hotmail.com
Charlie B.
Ps. Sábado a noite, o que fazer?
Os jogos, os olhares, o desejo, a conquista, eis a grande invenção do amor!
Nos mostra teu olhar ensaiado no próximo post. ^^
Achei que era só eu que sonhava em seduzir vestindo uma camisa social folgada.
ok, ótimo texto. mas, quanto ao titulo, a resposta vai ser arrancar a camisa xadrez, creio.
AMEEI esse texto... mesmo!
Revi a cena da donzela em perigo com a camisa do amado, e aquele olhar dele para ela... *----*
Aha! Creio que o mais erótico na mulher com camisa masculina seja a consciência que por baixo da camisa nada mais há.
"tatuado no olfato"
eu gostei disso.
beijo
nossa, isso foi muito sexy! :)
"A magia não está na consumação do sexo, está no desejo mútuo que fica flutuando entre os protagonistas... Aquele desejo quase palpável de tão denso."
Gostei MUITO disso!
Ótimo texto, mais uma vez.
Beijo.
Gostei o jeito como "seu amado" vê as coisas, adorei a história do manequim. E que bom que agora ele não precisa mais sentir inveja dos caras dos filmes! :)
Beijos.
uh!
eu também queria ser olhada com olhos de fome; hehe
bj bj
sou prática, dei uma camisa xadrez pro meu namordo, só para roubá-la em momentos assim
Fico desfilando em casa de camisa xadrez, achando que um homem lindo dos meus sonhos vai adivinhar como eu to vestida e vai bater à minha porta. Tudo mentira.
Você e o César?!??!
Que coisa linda.
Arrasaram. No plural porque um texto não existe sem o outro.
Conheço sim, era leitora assídua do blog antigo dele. adorava. =)
Enquanto você ia escrevendo me passava uma cena de filme na cabeça. Deveras.
Mas eu imaginava uma cena bem romântica, sabe? Daquelas em que o o amor dos dois arrancavam suspiros, faltava o fôlego e outras coisas mais.
Você, amada, consegue transcrever emoções e coisas que muitas vezes estão dentro de mim e eu não consigo dizer. Eu adoro o que tu escreves.
gosto de xadrez. ah, sou meio realista, mas valeu a intenção de eternizar o momento uihauidhhaduai ;*
Xadrez é coisa de nerd!
rsrs.
Moça eu não conheço nem o filme, nem o musical. Mas me indique onde posso achar alguma coisa. Essa música de Zélia é linda, assim como todo o novo CD. Bju!
já sonhei com essa cena tmb...
já pensei em descer a escada usando aquela blusa que tem o cheiro dele.
ahh utopia!
;)
há fantasias que devemos alimentar, nem que seja com sonhos.
Menina, ainda não recebi aquele convite pro messenger! Deve ter dado 'tilt' hehe
Charlie B.
ah, acho que a gente sempre imagina cenas...
lindo texto!
beijos
Depois de alguns textos só ouvindo, eu resolvi falar. Tudo tão lindo aqui, tão lindo aos meus dezessete. *-*
Toda mulher fica sexy numa camisa assim. Mas tem que ser branca...
Isso me faz lembrar o quanto homens são estranhos. Lá pelos dezessete anos, eu tinha um namorado que me achou linda só porque eu tinha vestido uma camisa dele. E o mais bizarro é que eu estava lá, toda despenteada, com uma roupa bem maior do que eu, me sentindo nada linda com aquilo kkkk
Uuui...
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