21 de dezembro de 2010

Peso morto

Sou o peso sobre os seus papeis
O tijolo que esmaga seus sonhos
Sou a aliança dos infiéis
Seu velho hábito enfadonho

Ponho abaixo seu balão
Sou chá gelado em tarde fria
Da sua fé eu sou pagão
Sua eterna teoria

Tenho alergia ao seu incenso
Sou o pigarro do seu cigarro
Fujo de tudo que é intenso
Você amarra e eu desamarro

Mas minha fuga é consistente
Peso morto não sente dor
Se sua verdade porventura mente
Eu não quero morrer de amor

Minha entrega é comedida
Tenho alma de ateu
Pra não ser uma Julieta ferida
Sacrifico meu Romeu.

Quem me segue (se perde comigo)