23 de junho de 2009

Sozinha na multidão.

Parece um clichê, quando escutamos os outros falando sobre esse estranho vazio que surge dentro da gente; mas na verdade é bem real, e dói. A propósito, eu sempre pensei que essa dor fosse metafórica. Sempre ouvi músicas, li em poemas, romances, e a mim parecia sempre tão exagerado! Como um sentimento poderia causar qualquer dor física? Mas então eu conheci a saudade. A saudade é traiçoeira... A gente nunca sabe se é boa ou ruim. É bom lembrar dos bons momentos, mas se precisamos lembrar é porque não estamos mais – pelo menos por hora – vivendo essas lembranças. É uma sensação ruim, essa de querer voltar no tempo e não conseguir. De repente, de tanto você lembrar daqueles momentos, você começa a reinventá-los em sua mente; começa a pensar que poderia ter feito isso ou aquilo diferente, pensar que poderia ter dito aquilo aquela hora, e ter dado um beijo mais longo na hora da despedida. Ah, é tão chato sentir saudade! Mas, por outro lado, e isso é mesmo um clichê, a saudade também faz sentir que valeu a pena. Valeu tanto a pena que você ainda queria estar lá, sentindo todas aquelas coisas novamente, como um filme preferido que você compra o dvd original só pra poder ficar revendo todos os dias, e pra dar pause naquela cena perfeita que sempre faz seus olhos se enxerem de lágrimas. Eu não sei explicar esse fenômeno, não sei explicar como posso me sentir só quando estou cercada de tantas pessoas que eu gosto... é só que parece que está sempre faltando um pedaço que, por menor que seja, não me deixa ficar completa. E o pior é que eu to sempre me sentindo assim; quando estou cá, quero estar lá, quando estou lá, quero estar por cá. Depois não entendem porque eu sou assim perturbada. Mas a verdade é que no meu agora, só há um lugar onde eu realmente queria estar; onde eu posso ser assim tão eu.

11 comentários:

César Schuler disse...

"Que legal seria ter uma máquina do tempo...
Com ela eu voltaria a ser o seu melhor momento"

O amor é clichê [?]

Quero assim, você tão você, em mim.

Eduardo. disse...

Parece que você superou o seu suposto bloqueio amoroso nat

Eduardo. disse...

Fico muito feliz por você.
Eu não diria poeta. Minha idéia era escrever um poema por dia, só que o fato de "ter" que escrever um poema acaba com toda minha inspiração. E também eu não tou apaixonado pra ficar inspirado que nem tu ne?

Eduardo. disse...

Em compensação, você tinha sensibilidade quanto a todo o resto. Nat você tem orgasmos de inspiração só de olhar um céu nublado. Você consegue sentir o mundo. Jà eu... Pobre de mim.

Eduardo. disse...

Você é modéstia. Mas contra fatos não há argumentos e não adianta puxar meu saco eu não estou só sendo simpático ;)

é mesmo! o.o entra no msn
=****

Felipe Corrêa disse...

concordo muito com você. Como já lhe disse, se não disse digo agora, adoraria poder voltar no tempo, viver aquele dia todos os dias, morrer preso naquela fatídica data. A saudade dói, dói mais ainda a certeza de momentos como aqueles não voltarem... Pobre vitrolas que não tem o direito de amar, e são destinadas a cantar o amor dos outros... beijos

Izabela Fardim disse...

Não podemos voltar, mas fazemos dos momentos que vivemos agora os melhores possíveis. No final tudo acaba em saudades. Mas acredito eu que nunca caem no esquecimento.

Um beijo, querida.

Bárbara disse...

Dá gosto de ler o que você escreve com o coração porque parece que você fala sobre todos os corações *.*

Anônimo disse...

saudade dói muito no peito, e não saber o que fazer pra afagar também. Cara, engraçado como você descreveu exatamente como eu me sinto. Podia passar como eu mesma. Em um a gente encontra tantos n'e?

Anônimo disse...

pela milesima vez, digo e repito, me arrepio com o q vc escreve. te amo AMIGA. Luli.

Anônimo disse...

será o céu uma pessoa? que fica tímida,vermelha com um riso? =]

Quem me segue (se perde comigo)