Permanece nos lábios
O asco de um novo último beijo
Talvez o último dos últimos
Talvez ainda não
Mesmo o primeiro, fora uma vez o último
O último primeiro
O primeiro último beijo
Incerto como tudo em ti
Meus dedos te tocam e não te sentem
Só tu me sentes
[como lava crepitando em tuas veias]
Mas saber do teu prazer me é prazer suficiente
Ainda que não permeie tua alma
Ainda que não transponha a muralha
Que tu ergueste em tua volta
Para que ninguém o faça
Senão ela
Ela que te faz invisível
Quando és na verdade tudo que se vê
Quando estás por toda parte
Tu e teu cheiro entorpecente
[que excita e transmuta meu corpo]
Colônia, suor
Reconheço-te pairando no ar
Adentrando cada um dos meus poros
Impondo sobre mim a tua presença insubistancial
Ora cravada em meu peito
Ora fluindo em minha mente
Que vai minguando devagar
Até saciar-se de pensar em ti
Em teus braços sou somente tua
E até quando nos braços dele
Sou também um pouco tua
Porque quando tu te vais
Sumido dentro da tua retração amarga
Levas contigo um pouco de mim
Que vai se perdendo nos outros seios em que tu te afogas
Nas outras bocas que tu beijas
No conhaque que tu insiste beber
E eu vou ficando vazia
Vazia que mim e de ti
Das vezes que tu não voltas
O asco de um novo último beijo
Talvez o último dos últimos
Talvez ainda não
Mesmo o primeiro, fora uma vez o último
O último primeiro
O primeiro último beijo
Incerto como tudo em ti
Meus dedos te tocam e não te sentem
Só tu me sentes
[como lava crepitando em tuas veias]
Mas saber do teu prazer me é prazer suficiente
Ainda que não permeie tua alma
Ainda que não transponha a muralha
Que tu ergueste em tua volta
Para que ninguém o faça
Senão ela
Ela que te faz invisível
Quando és na verdade tudo que se vê
Quando estás por toda parte
Tu e teu cheiro entorpecente
[que excita e transmuta meu corpo]
Colônia, suor
Reconheço-te pairando no ar
Adentrando cada um dos meus poros
Impondo sobre mim a tua presença insubistancial
Ora cravada em meu peito
Ora fluindo em minha mente
Que vai minguando devagar
Até saciar-se de pensar em ti
Em teus braços sou somente tua
E até quando nos braços dele
Sou também um pouco tua
Porque quando tu te vais
Sumido dentro da tua retração amarga
Levas contigo um pouco de mim
Que vai se perdendo nos outros seios em que tu te afogas
Nas outras bocas que tu beijas
No conhaque que tu insiste beber
E eu vou ficando vazia
Vazia que mim e de ti
Das vezes que tu não voltas
27 comentários:
Observação: esse eu lírico é inventado. Não é meu (ainda bem) :D
Menina,
Como você consegue envolver-me dessa forma? Então, eu vou imaginando cenas quando te leio, vejo-me, vejo-o e por aí vai. Tudo tão complexo e intenso.
Doce, doce.
Na quarta-feira pela manhã. Ou então terça à noite =D
é... Só é!
"Vazia (..) das vezes que tu não voltas"
incrível como conseguiste passar perfeitamente um sentimento que dizes não ser teu. mas acho que temos todos dentro d'alma, não?
muito bom mesmo, natália (:
você finge muito bem o que não sente!
Poetisa!
Beijo.
Tá tudo muito, muito bom! Tu anda lendo Lya Luft ou Martha Medeiros? Lembra um pouco as duas. Parabéns.
Ai que romantismo, até dói.
Ainda bem que é inventado (mas é lindo por si só).
Esquentou-me com tuas palavras. Tão suave e fortes ao mesmo tempo... É bom ler coisas inesperadas assim. Gostei muito mesmo.
BJS
... você é algum tipo de alienígena. Tenho certeza! Já pensou em escrever para Quadrinhos?
Promiscuidade sentimental e corporal. Parece comigo.
acho que concordo com o glauco. [por sinal era com ele que estava conversando a respeito do teu talento]
(:
como numa música do chico buarque.
"O último primeiro
O primeiro último beijo"
...ah, por que tem que ser tão belo e poético, hein? Você é ótima.
__
Menina, gostou do post de Noites de verão, nossa fiquei até contente. Preparou o post 'kiss me'? Ah, eu sim, esperando ansioso.
__
Vest? Uia, e ficou nervosa? Claro né, vest mata a gente! Boa sorte menina.
Charlie B.
Ps. Beijos e queijos também. =D
Ela fala, fala e fala, e eu adoro ouvir hehehe!
Monopolizou o post..ehhe..XD
Torcendo sim Naty.
Abração Naty-girl!
Charlie B.
Os bons escritores são assim: escrevem sobre as dores dos outros, que são um poucos suas também!!!!
você finge muito bem o que não sente! [2]
Não é fingimento! Eu sinto quando escrevo. Só não é um sentimento meu.
Ela sente muito bem o que não finge.
É NA SUA POESIA QUE EU ME ENCONTRO, mas logo me perco, pois é demais pro meu mundim... Não acho, tenho certeza, você não é daqui.
*Que bom que você gostou!!!
Muito legal. A poesia ficou envolvente ao ponto de me entreter.
http://paralaxehiperbolica.blogspot.com
Porra, vou falar de forma imunda mesmo, é fodástica as coisas que você escreve. Quanto mais leio mais quero ler. Seu dom é sobrenatural.
*Quanto amor, sempre. sempre vale a pena viver. Eu to em um dilema, não sei se vivo pra amar ou amo pra viver. Hoje penso que amo para viver.
Alguns suspiros, da minha parte. Mas ando num mundo muito gay prá me lembrar de como esse tipo de estar/não estar doí e sangra nas palavras.
=**
(já sabe, minha favorita)
moçaa, nem li teu post, deculpa. vim só dar um aviso:
lá no best-seller, foram criadas duas regras:
- um post dia sim e dia não
- só um por dia.
pra não virar bagunça, sabe?
vieram falar comigo sobre isso, e eu achei relevante criar uma ordem ( meio desordenada,, mas a gente tenta :D)
bj bj
você tá ficando fora da minha realidade moça, daqui a pouco eu já não me 'caibo' aqui mais.. tá lindo, tá gostoso, tá intenso.. ual :*
clap clap clap
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