Alô, liberdade, desculpa eu vir assim sem avisar, é que eu estava à toa na vida de um sonhador titã, e seus olhos me chuparam feito um zoom. Pede pro tempo marcar seus caminhos, que os galos estão cansados de cantar! Um tempo que refaz o que desfez, recolhe todo o sentimento, e bota no corpo uma outra vez. Sim, vai e diz que o meu desalento já não tem mais fim; mais que na lua ou no comenta, eu entrego os pontos com o sangue impresso na gazeta. Diz que eu estive por pouco, diz que eu estou ficando louco! Os diamantes rolam no chão, o ouro é poeira, a fonte nunca mais que seca, e aquele poço não tem fundo, é um mundo, dentro um mundo. Palmas pra ala dos barões famintos, o bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do bulevar. Meu Deus, vem olhar a evolução da liberdade! Uma pirueta, duas piruetas. Bravo! Bravo! Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos arco. Mas mesmo calada a boca, resta o peito, e eu quero inventar o meu próprio pecado, quero morrer do meu próprio veneno, e tropeçar no céu como se fosse um bêbado.
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