21 de dezembro de 2010

Peso morto

Sou o peso sobre os seus papeis
O tijolo que esmaga seus sonhos
Sou a aliança dos infiéis
Seu velho hábito enfadonho

Ponho abaixo seu balão
Sou chá gelado em tarde fria
Da sua fé eu sou pagão
Sua eterna teoria

Tenho alergia ao seu incenso
Sou o pigarro do seu cigarro
Fujo de tudo que é intenso
Você amarra e eu desamarro

Mas minha fuga é consistente
Peso morto não sente dor
Se sua verdade porventura mente
Eu não quero morrer de amor

Minha entrega é comedida
Tenho alma de ateu
Pra não ser uma Julieta ferida
Sacrifico meu Romeu.

5 comentários:

gabi disse...

aah que pena... eu prefiro 'chorar de amor' porque me tiraram meu Romeu.


(:

Anônimo disse...

sou eu mesma

Alessandro disse...

Eu gostei muito do que vc escreveu tbm. Chico, Pink floyd, beatles, hermanos, pixies e outras coisas, bem ou mal, com certeza influenciam nas coisas que escrevo e mais ainda, nas que vivo.
E vc, onde vive?

Carolina disse...

Que saudade daqui.

Danilo Augusto disse...

esse seu último poema está sensacional

Quem me segue (se perde comigo)