2 de maio de 2008

O que ela quer.

E então livrou-se dos sapatos. Gostava de sentir a carícia da terra em seus pés, e o toque da brisa em suas feições. Um sorriso plácido luzia em seus lábios avermelhados, levemente contornados por um batom em tons escarlate (mais por hábito que por vaidade), enquanto deixava-se caminhar rumo ao encontro do verde com o anil. O panorâmico toque do oceano ao céu. A célebre paixão entre o luar e o mar.
Rumava para destino ímpio e vacilante, que visto do alto, mais parecia um ponto incerto. Girando, girando e girando, para nunca parar. E porquê não pára, nem sequer existe. E se não existe, porque o procura? Ela não se importa. Ela não quer saber. Apenas quer sentir o vento permear da alma. A chuva molhar o corpo. A morte soterrar a vida. Tudo... ao seu tempo.

Nenhum comentário:

Quem me segue (se perde comigo)