12 de janeiro de 2009

Avante, errante!

Eu não sou, estou. Estou vivendo da forma mais errada que posso. Passo a madrugada acordada, durmo durante o dia. Digo o que não devo dizer, me faço de surda quando não quero ouvir. Ignoro quando me criticam, me empertigo quando me elogiam. Tenho medo do que não conheço, mas não conheço quase nada. Às vezes quebro promessas, às vezes prometo o que não posso cumprir. Sorrio quando estou triste, choro quando devia sorrir. Brigo quando estou de mau humor, fico de mau humor quando durmo pouco, durmo pouco quando tenho insônia, tenho insônia quando estou confusa, fico confusa quando tento me entender, tento me entender quando não entendo mais nada, não entendo nada quando deixo tudo para o ultimo momento, deixo tudo para o ultimo momento quando começo a hesitar, hesito quando não tenho certeza e não tenho certeza de nada que envolve sentimentos, acordes e números. Entretanto, dou tiros certos em alguns corações, canto alto algumas canções, e resolvo muitas equações. Estou vivendo da forma mais errada que posso porque, em meio a tantos erros, hei de um dia acertar.

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Quem me segue (se perde comigo)